(EN PORTUGUES) O que a familia pode saber para resolver o problema do seu filho.

O QUE A FAMILIA PODE SABER PARA RESOLVER O PROBLEMA DO SEU FILHO
centro terapeutico valor da vida

CO-DEPENDÊNCIA
O dependente químico raramente vive “no vazio”. Aqueles que o cercam são direta ou indiretamente afetados pela disfunção comportamental que acompanha a progressão da doença da dependência e desenvolvem mecanismos de racionalização para melhor suportar a dor de serem rejeitados em função do álcool/droga. Quando isto ocorre, estas pessoas passam a ser o que denominamos CO-DEPENDENTES.

Co-dependência, um problema progressivo, capaz de tornar doente as pessoas que, em consequência de uma relação tão intensa e comprometida com um dependente químico, não conseguem administrar suas próprias vidas.

Esse fato inicia-se quando nessa relação alguém tenta controlar o uso de drogas, o consumo de bebidas ou quaisquer comportamentos compulsivos de um dependente na esperança de ajudá-lo, sendo mal sucedido nesse controle das atitudes do próximo, acabando assim, por perder o domínio sobre seu próprio comportamento e vida.

Assim como o dependente químico necessita da droga, a droga do co-dependente é o dependente. Embora seja uma resposta normal para um situação anormal, a co-dependência é extremamente prejudicial a todos quando se tenta controlar algo ou alguma coisa que não se tem controle.

Todo indivíduo é dotado de algo chamado “Soberania Pessoal”. Não há restrições quanto a isso, exceto se ela agride a terceiros. Na “Soberania Pessoal” está incluído o direito de usar qualquer substância, seja para que fim for, mas responsabilizar-se integralmente pelas consequências.

No atendimento e ao tratamento do dependente químico é comum o indivíduo ser trazido pela família, é comum também, que a família apresente uma certa resistência quando solicitada a participar, ou então aceite o tratamento apenas por causa do dependente, como se ela não precisasse refletir sobre a qualidade da relação familiar. Normalmente a fala é a seguinte: - “Ele estando bem, eu também estarei”.

O “sistema de negação” desenvolvido pelos co-dependentes, é basicamente idêntico ao utilizado pelo dependente químico.

Estas características são desenvolvidas ou geradas por reflexo de comportamento diretamente vinculado e sob influência da conduta do dependente.

Além disso, outros mecanismos de defesa mais complexos atuam no sentido de sustentação das possibilidades de ganho que a doença promove, com efeito, a princípio, os ganhos quase sempre representados pela atenção social que recebe, parece envolverem de satisfação imediata tanto o dependente quanto o co-dependente, seja pela necessidade de que carecem, seja pela força da patologia à qual estão aferrados.

Todavia, com o tempo, o indivíduo com essa característica se torna insistente e a qualidade das relações que desenvolvem tende a se tornar obstinada.

Como consequência, ele fica cada vez mais isolado socialmente e entra em estado depressivo cíclico, apresenta sentimentos de abandono, frustração e auto-estima baixa.

Todas as atitudes a que o co-dependente responde mediante a manipulação do dependente pressupõe-se atuarem no sentido de uma degradação de conduta de ambas as partes. Assim, o que o co-dependente necessita, é de uma orientação para que possa receber como responde às diretrizes de conduta do seu dependente, o grau de envolvimento e de participação na patologia em questão.